Você sabe o que é Astrologia?

Definição e História

A Astrologia é um conhecimento antigo. Ela, essencialmente, tem como instrumento de estudo a correlação entre o movimento dos corpos celestes e a vida na Terra. No entanto, é importante enfatizar que os astros não exercem nenhum tipo de influência sobre os seres humanos ou qualquer vida terrena. Essa linha de pensamento respeita os princípios herméticos de correspondência que dizem, “o que está em cima é como o que está embaixo”; ideia professada por Hermes Trismegisto, um sacerdote Egípcio.

A História da Astrologia começa na Antiguidade. As civilizações que viveram na Mesopotâmia e Egito, principalmente, Caldeus, Assírios e Babilônios, eram grandes estudiosos, não apenas dos Céus, mas de Ciências ocultas também. Portanto, eles levavam muito a sério a Astrologia. Muitos deles eram Astrólogos e Astrônomos. Por muitos séculos à frente Astrologia e Astronomia eram consideradas a mesma coisa. Os nossos ancestrais, naquela época, perceberam que havia similaridades entre o que acontecia aqui na Terra e o movimento dos astros no Céu. Eles também acreditavam que os astros tinham por objetivo sinalizar algo que pudesse acontecer na Terra. A partir disso, podemos relacionar essa ideia ao percurso que os três Reis Magos fizeram até o menino Jesus, orientados por uma estrela cadente.

Nos séculos seguintes, a Astrologia oscilou entre momentos de glória e obscuridade, por vários motivos. Um dos momentos mais promissores para a Astrologia foi durante o período Helenístico, na Grécia. Alexandre, o Grande era um surpreendente apreciador das Artes (em geral). Então, ele procurava incentivar melhorias através das trocas de conhecimentos entre as diversas civilizações cujas terras ele se apossava. Claudio Ptolomeu, Astrólogo, Astrônomo e Matemático viveu durante esse período e era bastante respeitado no meio cultural e intelectual.

Ao longo do Império Romano, a Astrologia continuou muito popular e as trocas intelectuais tornaram-se cada vez mais fortes.

Por outro lado, com o advento do Cristianismo e da Idade Média muita coisa mudou. A Igreja passou a tornar-se adversária dos Astrólogos e Astrônomos. E instituiu que apenas Deus era quem deveria julgar o destino dos homens. Estudar os Céus estava fora de questão.

Um outro período bastante vantajoso para a Astrologia foi o Renascimento. O Renascimento foi bastante promissor não apenas para a Astrologia, mas para a Filosofia também. Ambos os Conhecimentos tiveram seus momentos de obscuridade durante a Idade Média devido às rigorosas leis defendidas pela Igreja. Ou seja, a Idade Média foi um período Histórico que reprimia manifestações artísticas e intelectuais que não estivessem de acordo com os ideais da Igreja; No Renascimento, todos os tipos de Arte e Conhecimento eram sempre bem-vindos.

Logo em seguida, surgiu o Iluminismo. Durante o Iluminismo, só era aceito tudo o que fosse considerado Ciência. E para ser considerado Ciência era necessário que houvesse método científico. Ou seja, determinado conhecimento só poderia ser considerado verdadeiro se pudesse passar por algum tipo de experimento e etapas de um processo com o intuito de se obter um resultado. Para a Academia, a Astrologia era considerada mística e não se enquadrava nos novos parâmetros científicos.

No final do século XIX e início do século XX, um movimento chamado Teosofia (Doutrina Filosófica), liderado por Helena Petrovna Blavatsky, alavancou os estudos de Astrologia, mesmo que, à princípio, os estudos fossem direcionados àqueles pertencentes à Ordem.

Do início do século XX até os dias atuais, o interesse pela Astrologia tem crescido muito e esse crescente interesse tem promovido excelentes melhorias na vida das pessoas. Aliado a isso, podemos acrescentar as diversas descobertas feitas e o surgimento de diferentes linhas teóricas abordando temas distintos.

Referências:

ASTROLOGY. In: Catholic Encyclopedia. Available in: www.newadvent.org/cathen/02018e.htm. Acess in : April 7th, 2019.

BRITO, Fabiana Alves. Shakespeare e a transição do Renascimento ao Maneirismo: uma perspectiva Histórica, Filosófica, Religiosa e Psicológica. Rio de Janeiro, 2013. 41p. Monografia (Pós-Graduação em Língua Inglesa) – Universidade Veiga de Almeida.

CRANSTON, Sylvia. Helena Blavatsky: a vida e a influência extraordinária da fundadora do Movimento Teosófico Moderno. Brasília, DF. Editora Teosófica. 1993.

JAGUARIBE, Hélio. Um estudo crítico da História. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

MUELLER, Fernand-Lucien. História da Psicologia: da Antiguidade aos nossos dias. São Paulo, SP. Companhia Editora Nacional, 1968.

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